
"Se arquétipos são do conhecimento construído pela humanidade, eles estão, certamente, em tudo que nos cerca: da observação dos ciclos aos movimentos mais humanos como as celebridades e as necessidades de agrupamento. Então, convidamos todos os oraculistas a nos contar onde está A Imperatriz? Onde está seu reinado? Sua força fêmea? Onde manifesta-se seu jardim? O que nasce de sua barriga fértil? Onde moram suas manifestações mais físicas? Onde está a Imperatriz?"
Sempre que eu penso na Imperatriz as palavras “mãe” e “criação” vêm na minha cabeça.
Meu primeiro contato com ela foi com O Tarô Mitológico. Eu era criança ainda e esse tarô era da minha tia Berenice. Eu era fascinada por aquelas cartas. Minha tia tinha inventado essa brincadeira, em que tínhamos que inventar uma história conforme tirávamos as cartas.
A Imperatriz é a criação, abundância; idéias transformadas em
realidade. Tudo o que criamos é obra Dela. Seja a criação de ser vivo, seja uma comida, um trabalho de conclusão de curso, um livro. Ela é a matéria, a realidade. O jardim que cresce, bem cuidado, pelas nossas mãos. A Mãe que não só dá a vida, mas que cuida, nutre. Me parece que seu oposto seja a carta da Lua, de Hécate; o mundo dos sonhos, da fantasia, ilusões.

Para mim a Imperatriz está nas bruxas de cozinha; alquimistas, nutridoras que são. Está nos momentos de maior criatividade, quando ousamos tirar idéias do papel. Quando plantamos nossas ervinhas no jardim, cuidamos dos nossos animais e de quem mais precisar de cuidados, mesmo que seja através de um chá quente e uma conversa. Está nos cuidados com nosso corpo, nossa casa.
Em mim o lado negro da Imperatriz impera muitas vezes na forma da relutância em aceitar mudanças, na estagnação. Quando estou mal, nada se cria. Me fecho.
Na arte eu a percebo sempre. Alguém já assistiu à série da BBC: Lark rise to Candleford? Lindo de morrer. A Imperatriz está na mãe da personagem principal, Emma. A série é uma história de época, do século 19, em que uma garota, Laura, sai do vilarejo (Lark Rise) e vai para a cidade (Candleford) trabalhar nos correios. Os episódios são leves e bonitos, sempre com finais felizes. Costumes pagãos estão presentes com simpatias e rituais. Um dos episódios mais bonitos é um em que se passa na época das colheitas. Recomendo muito.
A Imperatriz sempre aparece nos meus jogos para anunciar uma gravidez. Ela veio falar da gravidez da minha prima, e anos depois, a de uma amiga minha da faculdade.
Nunca me identifiquei muito com esse arcano; sempre foi para mim como alguém que influenciaria minha vida ou a Grande Mãe me protegendo e/ou inspirando. De qualquer forma, a Imperatriz para mim está em tudo; na vida e na morte.

Dando uma olhada na internet atrás de imagens da Imperatriz, achei esse site lindinho que adorei. Também descobri o Tarô da Jane Austen, que não sabia que existia e que agora está na minha listinha.
Super legal, Lú... Sabe duas coisas engraçadas? Uma foi que no dia do segundo turno, um grupo que eu acompanho no Twitter tirou como carta do dia a Imperatriz... e meu primeiro deck foi o Mitológico e sempre penso em Deméter antes de tudo...
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirTua Imperatriz é poética também =)